Banqueiro finca o pé no porto de Santos

Cartas marcadas

Diante das câmeras e na CPI dos Grampos, encerrada recentemente, o banqueiro oportunista DD, cujo nome a Justiça nos impede de citar, se esforça para posar de vítima. Sempre diz que é um perseguido e que seus negócios são cobertos de licitude. Mas não é o que se viu na concorrência para o arrendamento do Terminal de Exportação de Veículos (TEV), nesta segunda-feira (18), no Porto de Santos. Por R$ 114 milhões a “Santos Brasil”, empresa comandada pelo oportunista, conquistou o direito de operar no terminal que custou R$ 500 milhões à Companhia Docas do Estado de São Paulo, a Codesp. Construído para movimentar contêineres, o TEV foi entregue sem licitação, há mais de três anos, à empresa do banqueiro, com o objetivo específico de movimentação de veículos.

No processo licitatório havia uma bisonha exigência: o pagamento de R$ 42 milhões à “Santos Brasil” por supostos investimentos no terminal. O tal reembolso e a inviabilidade financeira de um terminal exclusivo para a movimentação de veículos fizeram com que poucos se interessassem pelo negócio. O único interessado, além da empresa do oportunista, ofereceu R$ 20 milhões à Codesp. Não demora muito e alguém concordará com a movimentação de contêineres no local. Basta um pouco de tempo para que os “dantescos” da Santos Brasil entrem em ação. Este site está de olho.