Ipea garante que pobreza começa a desaparecer dos grandes centros

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Ao participar nesta terça-feira (19) do “21º Fórum Nacional”, que acontece no Rio de Janeiro, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, apresentou o estudo “Pobreza e crise econômica: o que há de novo no Brasil metropolitano”. De acordo com os dados anunciados por Pochmann, a pobreza nas seis principais regiões metropolitanas (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre) não cresceu desde o início da crise financeira internacional. De acordo com o estudo inédito, até o mês de março houve registro de queda da pobreza. Duas situações devem ser consideradas diante do tal anúncio. A primeira delas é que estatística resulta de amostragem, o que nem de longe traduz a realidade dos fatos. A segunda, mais real, é que qualquer um que circula pelo centro da capital paulista, depois das 20 horas, percebe que o tal estudo não é dos mais confiáveis. Quando a noite cai na cidade de São Paulo, a Praça da Sé e as ruas Boa Vista e XV de Novembro, por exemplo, se transformam em verdadeiros dormitórios a céu aberto, cada vez mais ocupados por mendigos e catadores de papel. Se essa situação não representa o crescimento da pobreza, que alguém explique o que é.