Na CPI, oposição começa a cair na armadilha dos governistas

Jogo empatado

O governo ganha tempo ao esperar o retorno do presidente-metalúrgico, Lula da Silva, do exterior para definir os nomes que irão integrar a CPI Petrobras/ANP. A manobra tem também o objetivo de ampliar as divergências entre democratas e tucanos, que não se entendem na disputa pela presidência da comissão. O senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (BA), indicado pelos democratas para o cargo, deu ontem declarações favoráveis ao presidente da estatal, Sérgio Gabrielli. “Ele é uma pessoa honesta”, disse entre outros elogios. No ninho tucano, o senador Alvaro Dias (PR) anda nervoso, porque o cargo poderia ser dele se houvesse um acordo entre os dois partidos oposicionistas e, então, ser negociado um entendimento com partidos da base governista, que envolveria o PDT e o PTB. Pelas indefinições, brincou-se nos corredores do Senado que a partida estava zero a zero.