Barrada nas exigências
Pelo menos três mil trabalhadores estão parados desde o dia 19 no canteiro de obras da Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia. O motivo é a queda de braço entre o governo federal e o governo estadual pela licença ambiental da construção, sob a responsabilidade do consórcio Energia Sustentável do Brasil. O governo estadual impôs uma série de exigências para conceder a licença definitiva, como o sustento de cinco mil famílias de pequenos agricultores no Parque da Florestal Nacional Bom Futuro. O entendimento também envolve o consórcio que se responsabilizaria por obras de habitação, saúde e saneamento na região. “Tudo é uma questão de dinheiro”, disse um assessor ligado ao governador Ivo Cassol (sem partido). O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, observou hoje, no Senado Federal, que uma vez isso resolvido, “no dia seguinte sai a licença”.
Na manhã desta terça-feira, o deputado Moreira Mendes (PPS-RO) disse estar preocupado com a paralisação das obras, no rio Madeira. A interrupção ocorreu quando expirou o prazo da licença parcial concedida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Apesar da expectativa da emissão da licença definitiva pelo órgão federal, ainda não há data certa para retomada dos trabalhos. “Eu sou defensor da usina de Jirau, sou defensor da usina de Santo Antonio, como sou defensor de todo e qualquer grande investimento que possa ser levado para o estado de Rondônia, porque gera emprego, esta é minha preocupação principal”, diz o deputado.
