Favorecido por nepotismo está a um passo do CNJ

erick_pereira_02Quem indicou?

De acordo com recente decisão do Supremo Tribunal Federal, o nepotismo – direto, cruzado, transverso e outras tantas modalidades – é terminantemente proibido. Mas não é isso que acontece na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, onde um verdadeiro trem da alegria transporta nababos indicados por juízes, desembargadores, políticos e demais autoridades. Admitidos em 1997 sem o devido concurso público, esses sortudos foram guindados à condição de procuradores da Assembleia, cargo que proporciona, muitas vezes sem trabalho algum, a milionária soma de R$ 20 mil mensais. O Judiciário potiguar, que até então não se manifestou, prefere fazer uso da folclórica cegueira da Justiça, pois nessa catarata de desrespeito à Constituição federal estão filhos de desembargadores, maridos de juízas, parentes de deputados e de ex-prefeitos. O assunto não é novo, mas causa espécie o silêncio das autoridades judiciárias locais. Filho do ministro Emmanoel Pereira, do Tribunal Superior do Trabalho, o advogado Erick Wilson Pereira, que ao arrepio da lei assumiu o cargo de procurador da Assembleia Legislativa potiguar, foi indicado pelo Senado para uma vaga no Conselho Nacional de Justiça, o CNJ. A aprovação do nome de Erick Pereira, que deveria acontecer em 13 de maio passado, foi remarcada para esta quarta-feira (27), em sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Resta aguardar para saber o tamanho do picadeiro.