Inadimplência: pesquisa alerta para queda na atividade econômica

Surfando na marolinha

O governo incentiva consumo e o número de brasileiros endividados aumenta. Segundo pesquisa da Serasa Experian, no primeiro

Foto: Everton Amaro
Foto: Everton Amaro
trimestre desde ano a inadimplência teve acréscimo 11,4%. Considerando que inadimplência é sinônimo de juros altos, os analistas da empresa alertam para o desemprego e a queda na atividade econômica. “De qualquer forma, os primeiros três meses do ano são mais críticos para as finanças pessoais, agora agravadas com a crise. O nível atual da inadimplência deve ser monitorado, pois inadimplência em alta é sinônimo de juros mais altos”, adverte o relatório da pesquisa.

Com menos dinheiro no bolso, os brasileiros estão deixando de pagar suas contas. Segundo a Serasa Experian, dívidas com os bancos já representam 43,4% do total. Um dos fatores que ocasionaram o avanço na taxa de inadimplência foi o anúncio das medidas de incentivo à economia do governo federal. Após a queda do Imposto sobre Produto Industrializado dos eletrodomésticos, materiais de construção e automóveis, o mês de março apresentou em relação a fevereiro crescimento de 22,6% na taxa de inadimplência.

Para a Serasa Experian, o valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras foi de R$ 386,86 no período de janeiro a março, sendo que, no primeiro trimestre do ano, o valor médio das dívidas com bancos foi de R$ 1.357,47, o que represenra que houve queda de 1,5%.

Contudo, o valor médio dos títulos protestados aumentou 11,9% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008 para R$ 1.036,23. Da mesma forma, o valor médio dos cheques sem fundo cresceu 31,2% na mesma base de comparação, para R$ 828,70 nos três primeiros meses de 2009.