Banho de água fria –
A base do governo passou uma rasteira na oposição ao adiar a instalação da CPI da Petrobras/ANP. O senador mais idoso entre os membros da CPI, Paulo Duque (PMDB-RJ) – que, pelo Regimento Interno, instala a comissão e depois coordena a eleição do presidente – adiou a abertura da reunião ao alegar falta de quorum. Nenhum dos integrantes da base governista estava presente, porque as bancadas do PT e do PMDB estariam reunidas com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, para discutir a estratégia para a escolha do presidente e do relator.
Paulo Duque afirmou aos jornalistas que não definiu uma nova data para a reunião de instalação, pois dependeria da definição dos líderes partidários. A decisão de Paulo Duque, que ontem esbanjava tranquilidade, surpreendeu os oposicionistas, que não pouparam adjetivos à manobra que consideraram rasteira. O senador ACM Júnior (DEM-BA) disse que a atitude do colega foi anti-democrática.
O senador Paulo Duque chegou pontualmente às 14 horas e nem mesmo esperou 15 minutos para dar por encerrado o tempo que achou conveniente para a chegada dos senadores. A CPI tem onze membros efetivos e são necessários seis senadores para que o quorum seja considerado legal. Duque teria decidido encerrar o tempo de espera depois de receber um emissário do líder da bancada do PMDB, senador Renan Calheiros (AL).
