Lula ataca a imprensa e sai em defesa do presidente do Senado

lula_93-estadaoPosando de santo
Nesta quarta-feira (17), no Cazaquistão, o presidente Luiz Inácio da Silva falou sobre a crise que chacoalha o Senado Federal. Em referência ao senador José Sarney (PMDB-AP), o presidente-metalúrgico disse que o presidente do Senado tem “história suficiente” para não ser considerado uma “pessoa comum”. Independentemente do que pensa o presidente Lula, o senador amapaense erra ao tentar usar o passado para justificar o presente. Por outro lado, Lula da Silva sinalizou o seu posicionamento em relação à imprensa ao declarar “eu sempre fico preocupado quando começa no Brasil esse processo de denúncias porque ele não tem fim e depois não acontece nada”. Isso mostra que o Palácio do Planalto se especializou ao longo dos anos em abafar escândalos.

Ademais, esse discurso do presidente Luiz Inácio vai contra o que disse José Sarney nesta terça-feira no plenário do Senado, quando todos os senadores aguardavam o anúncio de medidas moralizadoras. Em dado momento, Sarney disse que, quando presidente da República, encaminhou ao então diretor da Polícia Federal, Romeu Tuma, mais de quatro mil ofícios requerendo a abertura de inquéritos, todos motivados por denúncias feitas pela imprensa. Ou seja, a diferença entre Sarney e Lula é que o primeiro mandava apurar.

O que Lula não pode afirmar é que não sabe a quem interessa a desmoralização do Congresso Nacional. Desde que eclodiu o escândalo do mensalão é sabido que somente a um governo golpista interessa a anulação do parlamento, como forma de facilitar as manipulações políticas que levam ao totalitarismo.