Jornalista: instituições privadas de ensino estão apreensivas

Correndo atrás do prejuízo –
Na última terça-feira, estudantes organizaram, com o apoio da Federação Nacional dos Jornalistas, manifestações contrárias à abolição da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo. E o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, foi novamente posto na fogueira das lamentações.
O fim da exigência parece ter afetado, em grande parte, aos alunos de instituições particulares. O piquete contou com estudantes das Universidades Mackenzie, Anhembi Morumbi, PUC e Cásper Líbero.
Ao ser questionado sobre a falta de manifestantes de instituições públicas, o representante do Fenaj, José Augusto Camargo, explicou que, em São Paulo, há poucos lugares que oferecem o curso de jornalismo e que a medida “afeta principalmente os alunos que pagam mensalidade e por isso. Alunos de faculdades públicas não sentiram a necessidade de se manifestar”.
Alguns professores também mostraram apreensão. Para o coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi, Nivaldo Ferraz, a decisão não será revogada, e a atenção maior deve ser dirigida à “comissão que discutirá novas diretrizes curriculares dos cursos de comunicação social”, proposta pelo ministro Fernando Haddad.