Problemas à frente –
Na reunião que teve com Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira, o presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP), descartou a possibilidade de afastamento ou renúncia ao cargo, o que por enquanto garante a livre circulação do rolo compressor do Palácio do Planalto na Casa. Sarney afirmou ao presidente-metalúrgico que a crise é meramente política e que a oposição tenta aproveitar o momento para turbinar a sucessão presidencial de 2010. Sarney bem sabe que a crise não é política, mas de escancarada falta de ética e respeito ao cidadão, e a oposição está aproveitando a chance que surgiu pela frente. Acontece que a decisão de permanecer no cargo prolongará ainda mais a crise no Senado, mesmo que o presidente José Sarney aposte no recesso parlamentar como fator atenuante.
Isso faz com que a bancada do PT no Senado, inicialmente favorável à ideia de afastamento, tenha que apoiar o senador José Sarney, a mando de Lula da Silva. Acontece que essa decisão será usada pelos partidos de oposição na campanha presidencial do próximo ano, mesmo que José Serra conte com o apoio do peemdebista Orestes Quércia.
