Mais simples impossível –
Se a crise financeira é “marolinha” para Lula, a política é “divergência”. Embora tenhamos que reconhecer que o eufemismo foi melhor escolhido desta vez, não há como deixar de lamentar a insistência do presidente em minimizar os problemas do país como estratégia palaciana. “A partir da segunda eu começo a discutir a crise, que eu não vejo crise. Eu, sinceramente, não sei como alguém pode tratar de crise uma divergência dentro do Senado”, questionou Lula depois de reunião com o presidente francês Nicolas Sarkozy, e completou ainda: “Não existe crise, existem denúncias que têm que ser apuradas e apresentado à opinião pública, o que é verdade e o que não é verdade, só isso”. Depois, como se não bastasse diminuir a extensão da crise que assola o Senado, Lula, em vez de apenas minimizar a inferência palaciana nos assuntos do Legislativo, inverteu a situação e afirmou: “Coitado do presidente da República para dar conselho para um senador. É quase humanamente impossível”.
