Andrei Schmidt não explica contratação de empresa de espionagem por banqueiro

Sem Kroll nas telonas
Em entrevista ao site “Última Instância”, enquanto o advogado do banqueiro DD, Andrei Schmidt, não poupava argumentos para mostrar que a investigação das irregularidades cometidas pelo oportunista foram “teatro” ou é digna para “dar um belo filme americano”, nada se falou sobre um enredo, este sim, teatral que é elemento fundamental do caso DD. Com o título de “Nas entranhas de Kroll”, a epopeia trata da história de um rico senhor que, insatisfeito em ter seus desacertos escancarados aos quatro ventos, resolve se vingar. Contrata uma empresa de espionagem e se utiliza dos artifícios mais cinematográficos para perseguir aos causadores do devido escândalo “Satiagraha”.

Não podemos desmerecer a qualidade das inteligentes perguntas elaboradas pela jornalista Mariana Ghirello, mas não há como negar que foi deixada essa lacuna crucial para o entendimento do caso. Colocando o banqueiro como o perseguido da história, Schmidt não poderia ter se livrado do questionamento sobre qual das partes se vale da perseguição para atingir seus objetivos.