Patíbulo político –
Depois das gravações que revelaram o envolvimento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nos malfadados atos secretos, sua situação política ficou insustentável. Comportando-se como adolescente transgressor, Sarney errou ao garantir que não tinha nenhum envolvimento com a fundação que leva o seu nome. Dias depois de tal afirmação, descobriu-se que José Sarney, à distância, dava as cartas na organização. O segundo erro aconteceu quando o mesmo Sarney disse que nada tinha a ver com os atos secretos. E a contraprova surgiu na última quarta-feira, com evidências incontestáveis de sua participação na nomeação de apaniguados com a ajuda de Agaciel Maia, ex-deitror do Senado.
Como antecipou o ucho.info, o Palácio do Planalto está por trás de algumas operações que açoitam o presidente do Senado. O indiciamento de Fernando Sarney, a suposta conta bancária no exterior e o vazamento do grampo telefônico representam apenas o começo. Em tempo: se ao governo Lula da Silva interessa um planejado e mensurado desgaste político do PMDB, em algumas facções da legenda o calvário de Sarney tem sido efusivamente comemorado.
