Garantia de emprego para ex-detento não impede retorno ao crime

Cortina de fumaça

prisioneiros_02O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desembarcou nas emissoras de tevê com uma campanha publicitária para anunciar a criação de uma bolsa de empregos para ex-detentos. A ideia é mostrar ao telespectador que a garantia de emprego na retomada da liberdade pode evitar o retorno à criminalidade. A iniciativa é louvável e em parte lógica, mas o cometimento de um novo crime ocorre na maioria das vezes porque o ex-detento é simplesmente arremessado de volta ao convívio social. Sem um preparo psicológico adequando e com antecedência, o retorno à criminalidade é uma questão de tempo. Especialmente porque o universo carcerário passou a ser o referencial daquele que teve a liberdade cerceada. A garantia do emprego ajuda, é verdade, mas não é a solução. É preciso um conjunto de medidas para garantir a reinserção do preso na sociedade.