Camata sugere que dinheiro dos caças vá para a segurança pública

Compra de uniforme

gerson_camata_02Nada de aviões de caça ou submarino atômico. Para o senador capixaba Gerson Camata (PMDB), o governo brasileiro deveria investir o dinheiro da compra dos novos aparelhos de guerra – cerca de R$ 34 bilhões – no sistema de segurança público brasileiro. O senador voltou a defender a ideia nesta semana. No ano passado, quando ainda o Senado Federal estava com sessões ordinárias, Camata fez um discurso no plenário criticando a ideia de compra das armas para as Forças Armadas.

Nesta quinta-feira (7), ele afirmou que “não é o Brasil que precisa ser defendido, mas a população que tem morrido com bala perdida. A cada cem homicídios no Rio de Janeiro, segundo pesquisa realizada na época do governo Garotinho, apenas dois vão a julgamento”. Ao jornalista Marcos Rossetti garantiu que o “problema da falta de segurança do Rio não é um problema nacional, mas continental. Se não for resolvido não haverá condições de realizar os jogos olímpicos”.

No meio dessa polêmica, o ministro da Defesa, Nelson Jobim [estaria com a carta de demissão já redigida], recebeu um pedido da Associação Brasileira da Indústria Textil (Abit). A compra de uniformes sempre foi um assunto delicado dentro das Forças Armadas e por isso a entidade cobra do ministro a definição de uma política de compras específica para os uniformes militares. É para estimular a indústria nacional e a geração de empregos e tecnologias especiais, segundo a Abit. Em dezembro, o presidente da associação, Aguinaldo Diniz Filho, disse que o sistema de compras atual beneficia indústrias estrangeiras, principalmente chinesas, sem agregar ganhos à economia brasileira.