Prudente fica na presidência, mas decisão sobre impeachment é adiada

Acusações de manobras

camara_legislativa_01Deputados distritais continuam reunidos a portas fechadas na Câmara Legislativa, que continua cercada por manifestantes – a pró e contra o governador José Roberto Arruda (sem partido) – e cerca de 300 policiais militares. O forte contingente serve para separar os dois grupos, que desde a manhã fazem protestos no local. O presidente da Casa, deputado distrital Leonardo Prudente (sem partido), decidiu ficar no cargo, enquanto o vice-presidente, deputado Cabo Patrício (PT), afirmou que há uma “operação abafa” para evitar as investigações de pagamento de propina a parlamentares. A declaração foi dada por telefone.

Durante mais de duas horas, os distritais estavam reunidos para ouvir Prudente, que não aceitou as sugestões para que se afastasse do cargo. O plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) só deverá se reunir novamente no próximo dia 2 de fevereiro, na reabertura normal dos trabalhos deste ano. A autoconvocação, com o retorno dos parlamentares nesta segunda-feira (11), serve apenas para as comissões.

Cinco parlamentares vão integrar a CPI que investigará as denúncias contra os parlamentares: Paulo Tadeu (PT), Raimundo Ribeiro (PSDB), Alírio Neto (PPS), Eliana Pedrosa (DEM) e Batista das Cooperativas (PRP). A Comissão de Constituição e Justiça, eleita hoje, terá como presidente Geraldo Naves (DEM). Os demais integrantes são os deputados distritais Chico Leite (PT), Dr. Charles (PTB), Batista das Cooperativas (PRB) e Eurides Brito (PMDB). A comissão especial, criada para analisar o impeachment do governador Arruda será integrada por Cristiano Araújo (PTB), Batista das Cooperativas (PRB), Geraldo Naves (DEM), Chico Leite (PT) e Alírio Neto (PPS).