Evo Morales compra jato milionário, mas pede helicópteros ao Brasil

Chapéu alheio

evo_morales_01Evo Morales, o presidente-cocalero da Bolívia, se apoderou das instalações da Petrobras em seu país, deixando o milionário prejuízo aos brasileiros. Surpreendentemente, Lula e os palacianos preferiram o silêncio. Morales aumentou o preço do gás natural fornecido ao Brasil. E o governo petista entendeu que se tratava de uma decisão normal. Mesmo assim, o mandatário boliviano, marionete do venezuelano Hugo Chávez, continua sendo merecedor de benesses concedidas pelo governo brasileiro.

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6176/09, de autoria do Executivo, que prevê a doação de quatro helicópteros da Força Aérea Brasileira à Bolívia. São aeronaves fabricadas nos Estados Unidos, tipo “H-1H Iroquois”, que o governo do vizinho país pretende usar no combate ao narcotráfico. Para justificar o projeto, o Planalto alega que a doação ampliará a participação do Brasil em questões internacionais por meio da colaboração militar. O projeto tem caráter conclusivo, tramita em regime de prioridade e será votado pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Ora, se a Bolívia precisa que alguém doe quatro helicópteros para o combate ao tráfico de drogas, como foi anunciado durante a cúpula de países latino-americanos realizada em 2008 na Costa do Sauípe, na Bahia, Evo Morales não tinha necessidade de desembolsar US$ 30 milhões para comprar um jato russo Antonov, modelo An-148. Isso mostra que Morales entende que o tráfico de drogas em seu país é problema dos que se incomodam com o assunto, neste caso o Brasil.

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