Fenômeno da eleição no Chile pode se repetir no Brasil

Barbas de molho

sebastian_pinera_01-apEnquanto os partidários do rico empresário Sebastián Piñera comemoram no Chile sua vitória na eleição presidencial, no Brasil já tem políticos e especialistas com papel e lápis na mão. A eleição que determinou o fim da hegemonia de duas décadas da chamada esquerda, capitaneada pela presidenta Michelle Bachellet, obrigou a esquerda tupiniquim, comandada pelo presidente-metalúrgico Lula da Silva, a colocar a barba de molho. Há quem suspeite que o fenômeno que ocorreu no Chile possa ocorrer também na terra de Macunaíma em outubro próximo.

Michelle tem uma popularidade de 80%, mas não foi suficiente para que seu candidato, Eduardo Frei, ganhasse o pleito. No Brasil, Lula da Silva teria 84% de aprovação, segundo a última pesquisa CNT/Sensus, índice que se manteve praticamente inalterado ao longo do ano passado. Em seu blog, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), observa que outra “coincidência interessante” que deixava a candidatura derrotada à presidência do Chile mais parecida com a pré-candidatura petista [Dilma Rousseff] no Brasil era o compromisso de Eduardo Frei de promover uma tal “reconciliação nacional”.

O candidato da presidenta chilena queria rever a Lei de Anistia que beneficiou militares e agentes do Estado que praticaram crimes durante a ditadura do general Augusto Pinochet. “Pelo visto, a população chilena não está tão interessada em revirar o passado quanto imaginavam os esquerdistas. Mais ou menos o que acontece no Brasil, algo que algumas mentes obtusas deste governo se negam a perceber”. (Foto: Associated Press)