Incursão palaciana no Haiti após tragédia foi um monumental vexame

Morrendo na praia

nelson_jobim_19Após ouvir do presidente Lula da Silva eu o texto do Programa Nacional dos Direitos Humanos seria alterado, com o objetivo de acalmar os setores militares do Estado, o ministro Nelson Jobim (Defesa), o nosso “Rambo tupiniquim”, rumou para o Haiti com a missão de assumir o comando das operações no miserável país que recentemente foi reduzido a escombros pela impiedade de um forte terremoto. Poucas horas depois de chegar a Porto Príncipe, capita haitiana, Jobim fez as malas e retornou ao Brasil com as mãos abanando. Como não poderia desembarcar na terra de Macunaíma com um fracasso no currículo, Nelson Jobim aproveitou para trazer no avião oficial o corpo da médica Zilda Arns. O pífio espetáculo protagonizado por Jobim no país caribenho tinha objetivos pré-estudados. Além de reforçar a suposta liderança de Lula da Silva no cenário internacional – que fracassou recentemente em Copenhague –, a missão tinha como meta maior mostrar ao mundo a necessidade de o Brasil integrar o Conselho de Segurança da ONU ou, até mesmo, abrir caminho para que o presidente-metalúrgico possa sonhar com a indicação para o Prêmio Nobel da Paz. E como incompetente é uma mercadoria em abundância no governo Lula, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), teve de dar seus inefáveis palpites. E mais: essa brincadeira de Nelson Jobim usar fardas militares sem ter status para tal é crime. Pelo menos é o que prevê o Código Penal Militar. Artigo 172 – Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não tem direito: Pena – detenção, até seis meses.