Em São Paulo, sucessão de Serra está praticamente definida

Quase certo

geraldo_alckmin_03O suspense que o governador José Serra mantém sobre o seu futuro político faz com que a corrida ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista, permaneça em compasso de espera. Mesmo com a folgada vantagem de Geraldo Alckmin nas pesquisas de intenção de voto divulgadas até então, alguns candidatos entrarão na disputa para perder, enquanto outros tentam fugir da imposição de algumas legendas. É o caso de Aloizio Mercadante (PT), cujo objetivo maior é tentar a reeleição ao Senado, que terá de ir para o sacrifício como forma de garantir palanque eleitoral para Dilma Rousseff na seara dos tucanos. Em situação pouco diferente está o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), que continua pressionado pelos petistas palacianos para disputar o governo de São Paulo. Ciente de que uma derrota na terra dos bandeirantes lhe trará muito mais prejuízos políticos do que um suposto fracasso na disputa presidencial, Ciro não desiste da ideia de concorrer à sucessão de Lula da Silva. Outros partidos devem lançar candidatos ao governo do Estado, como é o caso do PP, do deputado Paulo Maluf, que terá como candidato o deputado federal Celso Russomanno. Com chances de liquidar a fatura ainda no primeiro turno, Alckmin continuará capitalizando eleitoralmente como secretário de Desenvolvimento até março. Se Dilma perder a eleição presidencial, o PT fracassar em São Paulo e a legenda não eleger deputados federais em número suficiente para fazer uma oposição consistente, a luz vermelha acenderá no universo dos barbudinhos.