A exemplo de Lugo, a eleita Dilma pode não estar curada do câncer linfático

Prova dos nove

Quando o ucho.info noticiou, meses atrás, que a saúde da então presidenciável Dilma Rousseff levou o PT a optar por um plano B, como forma de frear o PMDB em uma eventual governança de Michel Temer, a catilinária “rouge” entrou em ação para desqualificar o jornalismo crítico e opinativo que praticamos desde a estreia do site.

Com a impressionante repercussão da matéria jornalística que tratava da saúde da agora eleita Dilma, os incomodados trataram de tirar o ucho.info do ar às vésperas do segundo turno da corrida presidencial. Ação típica de ditadores que não sabem conviver com a verdade dos fatos.

O conteúdo da reportagem foi calcado em depoimentos de médicos especialistas que acompanharam de perto o tratamento a que se submeteu Dilma Rousseff para combater um linfoma não Hodgkin, tipo agressivo de câncer linfático. Após um debate eletrônico realizado pelo jornal “Folha de S. Paulo” e pelo “UOL”, Dilma disse que estava curada do linfoma, o que continua sendo uma afirmação temerosa, pois uma doença como a que acometeu a presidente eleita não tem um tempo de tratamento semelhante a de uma forte pneumonia.

Também vítima de linfoma não-Hodgkin, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, escolheu, por recomendação do colega Luiz Inácio da Silva, o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, como base do tratamento médico contra a doença. Internado desde terça-feira, Lugo ouviu do chefe da equipe médica presidencial que o câncer teve uma remissão completa. “Acabamos de conhecer os resultados do Pet-Scan e outros exames que foram realizados e estes revelam uma remissão completa dos linfomas que foram detectados no mandatário no mês de agosto”, disse o médico Alfredo Boccia ao jornal paraguaio ABC Digital. Porém, o médico alertou que o presidente Lugo não pode ser considerado totalmente curado.

Boccia destacou também que Fernando Lugo terá de se submeter a um tratamento de manutenção durante dois anos antes de ser declarado curado do câncer linfático. Fora isso, um tratamento quimioterápico só pode ser considerado bem sucedido depois de cinco anos da alta médica. Antes desse prazo, qualquer palpite é especulação barata, pois é nesse período que acontecem as indesejáveis recidivas.

Sendo assim, só resta concluir que a matéria do ucho.info que tanto incomodou os petistas era, como ainda é, verdadeira.