No país de todos, dois melões equivalem a quase 6% do salário mínimo

Hora da morte – Há na economia sinais novos e evidentes que confirmam o estrago causado pelo messiânico Luiz Inácio da Silva, que em dezembro de 2008 pediu aos brasileiros para que mantivessem o consumo em alta como forma de evitar os efeitos da crise financeira internacional, a malfadada “marolinha”. E a tragédia na vida consumidor só possível por causa do surgimento do crédito fácil concedido de forma irresponsável.

Quando alertaram para o perigo que se avizinhava, os jornalistas do ucho.info foram acusados pelos palacianos de torcer contra o País, mas nos últimos dias tornou-se uníssona a opinião de que foi um erro enorme empurrar as famílias brasileiras na direção de um endividamento recorde.

Para se ter ideia do dano provocado, os brasileiros começam a deixar de comprar itens de alimentação, atalho encontrado para evitar a inadimplência ou até mesmo para quitar dívidas atrasadas. De acordo com a Ceagesp, maior centro de distribuição de alimentos da América Latina, os preços de legumes verduras apresentou queda de 2,09% em função da retração no consumo. Mesmo com a entrada no mercado da primeira parcela do décimo terceiro salário.

Enquanto os economistas do Ceagesp registram essa oscilação, nas bancas de frutas do famoso centro de distribuição de alimentos localizado na Zona Oeste da capital paulista a realidade é bem diferente. Os preços dispararam de forma assustadora. Quem ousou levar para casa um doce e convidativo um melão desembolsou R$ 15 no último final de semana. Tendo como referência o rico salário mínimo vigente (R$ 510), colocar mensalmente dois melões sobre a mesa de refeições custa o equivalente a 5,88% do salário mínimo.