Senado cumpre a tabela ao sabatinar Tombini, que promete controlar inflação

Aprovação – A Comissão de Assuntos Econômicos ratifica dentro de instantes a indicação de Alexandre Antônio Tombini para a presidência do Banco Central, a partir de janeiro de 2011. A votação favorável também acontecerá ainda nesta terça-feira (7) no plenário do Senado Federal.

Neste momento, Tombini está sendo sabatinado pela Comissão em reunião esvaziada. O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) chegou a pedir que a votação acontecesse enquanto se fazia a entrevista pelos senadores. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) observou que “dizem que o senhor” foi indicado sem “padrinho político”.

Tombini é elogiado pelos parlamentares da situação e da oposição, que enaltecem sua “capacidade técnica e profissional”. A sabatina dos senadores segue um modelo repetido com outras autoridades, servindo meramente como um ato burocrático que legitima a indicação do Palácio do Planalto.

O futuro presidente do BC afirmou que entre suas prioridades está o combate à inflação, assim como a inclusão financeira. “Quanto maior for a parcela da população que utiliza sistema financeiro, maior será eficácia da política monetária”.

Ele defendeu a manutenção do uso da taxa Selic, índice que orienta a cobrança de taxas de juros pelo mercado no País, mas reconheceu que o sistema apresenta efeitos colaterais que devem ser corrigidos, especialmente devido ao crescimento do crédito no Brasil. “Mudamos de patamar do crédito e o Banco Central está atento às “dores do crescimento”.

Alexandre Tombini também disse que “a inflação produz efeitos perversos sobre a economia e sobre a população, principalmente as camadas de baixa renda. Por isso, a função do Banco Central é manter a estabilidade, com a inflação em níveis baixos e estáveis”.