Zimmermann tira afilhado político de Sarney da presidência da Eletrobras

Classificados de emprego – O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, comandará a Eletrobras, estatal que coordena doze subsidiárias, um centro de pesquisas, metade do capital da Itaipu Binacional e uma empresa de participações, a Eletrobras Eletropar.

Trata-se de uma escolha pessoal da presidente eleita Dilma “Lulita” Rousseff. Técnico reconhecido por sua capacidade, Zimmermann era cotado para a presidência da Eletrosul, subsidiária da Eletrobras. Neste cargo deverá ser nomeado o deputado federal Cláudio Vignatti (PT-SC), também lembrado para um possível ministério da Micro e Pequena Empresa. Zimmermann substituirá José Antônio Muniz Lopes, um dos afilhados políticos do presidente do Senado e do Congresso Nacional, José Sarney (PMDB-AP).

A notícia da indicação do ministro para a Eletrobras confirma o que disse na semana passada o ex-senador da República Jaison Barreto (PMDB), como lembra o jornalista Prisco Paraíso. “As páginas políticas dos jornais mais parecem classificados de emprego ou mesmo boletim do Sine”. Figura bastante conhecida na década de 1970 e 80, Jaison observa agora o cenário político catarinense e nacional.

De acordo com o que foi anunciado na última semana, a presidente eleita deverá anunciar o nome de 21 ministros ainda nesta semana, provavelmente depois da sua viagem ao Rio Grande do Sul, entre terça (14) e quarta-feira (15). O objetivo é fechar a equipe ministerial até sexta (17), quando ela será diplomada presidente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A equipe atual tem 37 pastas, entre ministérios e secretarias, nas quais o titular tem status de ministro.

Nomes confirmados
Alexandre Tombini (sem partido), no Banco Central; Alfredo Nascimento (PR), no Transporte; Antonio Palocci (PT), na Casa Civil; Édison Lobão (PMDB), nas Minas e Energia; Garibaldi Alves Filho (PMDB), na Previdência Social; Gilberto Carvalho (PT), na Secretaria-Geral; Guido Mantega (PT), na Fazenda; Helena Chagas (sem partido), na Secretaria de Comunicação Social; Ideli Salvatti (PT), na Secretaria de Pesca e Aqüicultura; José Eduardo Cardozo (PT), na Justiça; Maria do Rosário (PT), na Secretaria de Direitos Humanos; Miriam Belchior (PT), no Planejamento; Nelson Jobim (PMDB), na Defesa; Paulo Bernardo (PT), nas Comunicações; Pedro Novais (PMDB), no Turismo; Wagner Rossi (PMDB), na Agricultura; e Wellington Moreira Franco (PMDB), na Secretaria de Assuntos Estratégicos.

Cotados
Senador Aloízio Mercadante (PT-SP) para Ciência e Tecnologia; ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT), no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio; ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), deve permanecer no cargo ou assumir outro ministério; ministro da Educação, Fernando Haddad, também pode continuar na pasta.