Prefeito processado de Florianópolis denuncia venda de votos na Câmara de vereadores

Ilha de corrupção – Novo escândalo abala a bela Ilha de Santa Catarina e novamente envolve a Câmara de Vereadores e a Prefeitura de Florianópolis. Denúncias de compra de votos aconteceram na eleição para a presidência do Legislativo e teria por finalidade prejudicar o prefeito Dario Berger (PMDB). Pelo menos um vereador, Asael Pereira (PSB), teria exigido R$ 300 mil para votar em João da Bega (PMDB), segundo afirmou o prefeito em entrevista coletiva nesta segunda-feira (20). O Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores prometeu investigar o caso. Serão investigados João da Bega, Asael Pereira (PSB) e Ricardo C. Vieira (PC do B).

As relações entre o prefeito e a oposição são de tapas e beijos na Câmara Municipal. No caso da eleição, Asael não recebeu o dinheiro exigido e por isso teria votado no concorrente de João, o vereador Jaime Tonelo (DEM), que acabou eleito. Na entrevista, segundo conta o jornalista Moacir Pereira, Berger declarou-se decepcionado com Asael, de quem se diz amigo íntimo e que foi seu colaborador desde o primeiro mandato na prefeitura de São José.

Dário Berger não citou o nome de outro vereador que teria exigido dinheiro para votar em João da Bega. Mas há denúncias de que vereador Ricardo Vieira (PCdoB) teria pedido R$ 230 mil, sendo R$ 150 mil para pagamento de despesas de campanha de Angela Albino.

De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores, o Conselho de Ética recebeu da Mesa Diretora dois documentos. Um assinado pelo vereador João da Bega Itamar da Silveira (PMDB), que após perder a eleição, terça-feira (14), denunciou que votos para a chapa de oposição teriam sido comprados. E o outro com a assinatura dos nove vereadores que votaram no vereador Jaime Tonello, eleito novo presidente. Ambos os documentos pediam uma ampla investigação sobre os fatos. A reunião que durou cerca de uma hora em portas fechadas, contou com a presença do procurador geral da Câmara Municipal, Alceu de Oliveira Pinto Junior.

Em 2007, vereadores e o prefeito foram envolvidos em denúncias para concessão de licenças ambientais. Em outro caso, Dario Berger foi absolvido em julho passado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região no processo crime movido pelo Ministério Público. A justiça entendeu que não houve crime ambiental na execução da Beira-Mar Continental, por inexistência de licença ambiental para a execução daquela obra. Ele responde a mais dois outros processos no Tribunal Superior Eleitoral que podem lhe custar o mandato. É acusado de malversação de recursos públicos na contratação de um cantor e no programa de governo prefeito itinerante.