Na briga pela prefeitura de São Paulo, o eleito Geraldo Alckmin saiu à frente de Kassab

Queda de braços – Faltando quatro dias para retornar ao Palácio dos Bandeirantes e mais uma vez governar o mais rico e importante estado brasileiro, o tucano Geraldo Alckmin já entrou na briga que ronda a sucessão de Gilberto Kassab, prefeito da capital paulista. A dois anos da disputa pelo trono paulistano, Kassab e Alckmin prometem protagonizar um duro embate nos bastidores da política.

O democrata Gilberto Kassab, que ensaiou com o falecido Orestes Quércia um embarque no PMDB, pretende fazer o sucessor e capitalizar politicamente para em 2014 disputar o governo paulista, que terá Geraldo Alckmin possivelmente como candidato à reeleição. Mas o governador eleito pode, também, se cacifar para disputar a Presidência da República em 2014.

Ambos, Kassab e Alckmin, precisam cada vez mais de visibilidade política caso queiram dar seguimento aos seus respectivos planos. E um aliado na prefeitura da maior cidade brasileira é uma gazeta incontestável.

Acontece que o prefeito paulistano deu dois tiros no pé nesta terça-feira (28). Anunciou o aumento do valor da passagem de ônibus, que pula de R$ 2,70 para R$ 3,00 e garantiu que a inspeção veicular na capital dos paulistas será majorada de acordo com o contrato firmado com a empresa concessionária.

No contraponto, Geraldo Alckmin pode ter avançado nessa disputa silenciosa que já acontece na Pauliceia Desvairada. Alckmin anunciou a venda da aeronave que foi utilizada pelo ex-governador José Serra e o atual Alberto Goldman, ambos do PSDB. O avião pertence à Companhia Energética de São Paulo, a Cesp, mas os custos de manutenção são de responsabilidade do Palácio dos Bandeirantes. O futuro mandatário paulista entende que é mais barato fretar um avião quando necessário. É bom lembrar que Alckmin, quando governador, costumava se deslocar pelo País em aviões de carreira.