Novo governador do DF, Agnelo Queiroz quer demitir comissionados, mas ampliará secretarias

Festa milionária – Das 30 administrações regionais do Governo do Distrito Federal, apenas quatro até agora já sabem o nome dos novos titulares. Na tarde desta terça-feira (28), o governador diplomado Agnelo Queiroz (PT) deverá anunciar os outros nomes. Para as secretarias todos já foram anunciados, sendo a maioria com um perfil mais técnico do que político.

Se Agnelo não teve grandes dificuldades políticas para arranjar os interesses dos partidos da aliança que lhe garantiu a eleição em outubro, o novo governador de Brasília não deverá ter a mesma facilidade com as contas públicas. O governo distrital enfrenta sérios problemas com os gastos e por isso Agnelo quer reduzir o número de cargos comissionados. O desafio matemático, no entanto, encontra problemas, pois ao mesmo tempo o governador quer aumentar o número de secretarias.

Quando assumiu o governo, em janeiro de 2007, o então governador José Roberto Arruda demitiu cerca de 16 mil comissionados. Não precisou muito tempo para que as vagas fossem ocupadas pelos correligionários. Segundo o próprio GDF, atualmente há na folha de pagamento 18.693 funcionários sem concurso, dos quais 4 mil somente nas 30 administrações regionais. A folha mensal desse pessoal chega a R$ 22 milhões.

Se por um lado há uma preocupação com os gastos públicos, por outro o governo que deixa o Palácio do Buriti capitaneado pelo governador Rogério Rosso (PMDB) parece não estar preocupado com os recursos públicos. A festa de fim de ano patrocinada pelo Governo do Distrito Federal na Esplanada dos Ministérios vai custar R$ 6,8 milhões. O maior volume de dinheiro, R$ 3,6 milhões, pagará o cachê dos artistas. Outros R$ 3,2 milhões serão para financiar a estrutura do evento, que começou no Natal e só termina no Ano Novo.

A reportagem do jornal “Correio Braziliense” divulgou hoje que a Secretaria de Cultura manteve de pé a apresentação das 53 atrações contratadas para os sete dias de festa na Esplanada. O cachê mais caro será pago à dupla sertaneja Fernando e Sorocaba, que fechou negócio com o GDF no valor de R$ 400 mil, depois vem Bruno e Marrone, com R$ 300 mil. A quarta atração mais cara foi a banda Roupa Nova, que cobrou R$ 180 mil, mas só foi prestigiada por seis mil pessoas, como estimou a PM no último domingo (26).