Popularidade recorde do messiânico Lula da Silva não combina com o recado das urnas

Números que não batem – Se Dilma é considerada uma neófita em termos de governança, a Lula cabe o mérito duvidoso de ter feito sua sucessora, a reboque de um cipoal de mentiras que ainda produzirão estragos. De acordo com o instituto de pesquisas Sensus, o presidente-metalúrgico entregará à ex-guerrilheira um governo com 83,4% de aprovação. E nesse cenário utópico prevalecem o programa “Bolsa Família” e a dita ascensão de 36 milhões de pessoas à classe média, migração patrocinada somente pelo endividamento recorde das famílias brasileiras.

Encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) a pesquisa do Instituo Sensus apontou também uma popularidade recorde de Lula da Silva, que no levantamento de dados feito entre 23 e 27 de dezembro chegou a 87%. Em setembro passado, quando aconteceu a última rodada da pesquisa, a popularidade de Lula estava em 80,7% e avaliação positiva do governo federal era de 79,4%. A melhor avaliação de Lula na série histórica do levantamento é de 84%, marca registrada em janeiro de 2009.

Como sempre afirmam os jornalistas do ucho.info, pesquisas de opinião são um capítulo da estatística, que pela teimosia de alguns é encarada como ciência. Em um país de mais de 190 milhões de pessoas, a referida pesquisa ouviu 2 mil entrevistados em 136 municípios de 24 estados. Ou seja, um cenário de amostragem reduzidíssimo se considerada a numerosa população brasileira.

Para completar a desconfiança que paira sobre a bisonha popularidade de Luiz Inácio da Silva basta fazer uma rápida e curta viagem no tempo. Candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, José Serra perdeu a disputa para sua rival, a neopetista Dilma Rousseff, tendo arrancado das urnas perto de 44% dos votos válidos. Ora, diante de tal número a popularidade de Lula e a aprovação do governo não podem estar nas alturas. Até porque, quase metade do eleitorado pleiteava mudanças. Pelo menos foi esse o recado das urnas. Ou será que o absolutismo luliano se especializou em técnicas de prenhes eleitoral.