Inflação medida pelo IPC-S dispara, fecha 2010 em 6,24% e achata o salário mínimo

Rédea solta – De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou o ano de 2010 em 6,24%. O IPC-S é calculado semanalmente pela FGV e tem preços levantados nas sete principais capitais do país, tendo como parâmetro famílias com renda mensal de até 33 salários mínimos. Compõem o índice 460 produtos, em sete categorias: alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação, transporte e despesas diversas.

De acordo com a Fundação, em 2009 a alta registrada foi de 3,95%. No último ano, o grupo de despesas com alimentação fechou em 9,85%, seguido por transportes, 6,69%, saúde e cuidados pessoais, 5,37%, educação, leitura e recreação, 4,72%, despesas diversas, 4,68%, vestuário, 4,53%, e habitação, 3,97%.

O IPC-S mostra não apenas que a inflação começa a sair do controle das autoridades federais, mas também que o pífio reajuste do salário mínimo ficou aquém da inflação. Anteriormente fixado em R$ 510, o salário mínimo está valendo R$ 540 desde 1º de janeiro. Considerado o IPC-S, o novo valor do salário mínimo deveria ser de R$ 541,82.

As centrais sindicais têm encontro agendado para o próximo dia 11 e prometem insistir em um salário na casa dos R$ 580, o que injetaria mais dinheiro na economia e, em tese, manteria o nível de emprego. Em outra ponta da discussão estão os aposentados, que prometem uma ruidosa grita pelo aumento do salário mínimo.

Todo esse cenário de penúria reforça a tese defendida pelos jornalistas do ucho.info, de que o profético (sic) e gazeteiro Luiz Inácio da Silva simplesmente deu as costas aos trabalhadores, que garantiram sua chegada ao poder.