Dilma reuniu-se com ministros antiéticos, exigiu ética e falou sobre transparência e corrupção

Desfaçatez total – Na última sexta-feira (14), como noticiaram os veículos de comunicação, a presidente Dilma Vana Rousseff promoveu, no Palácio do Planalto, a primeira reunião ministerial. Rodeada por seus 37 ministros, Dilma falou, entre tantos temas, de transparência e ética. Ao final do encontro, a neopetista entregou a cada um dos obedientes e calados assessores uma cartilha com regras sobre o uso do malfadado cartão de crédito corporativo, instrumento financeiro custeado pelo cada vez mais suado dinheiro do contribuinte.

O clima da reunião ministerial por certo foi pitoresco, pois à mesa palaciana estavam sentados protagonistas de escândalos recentes. Homem forte do governo de Dilma Rousseff, o trotskista Antônio Palocci Filho, ministro-chefe da Casa Civil, foi o pivô do caso de violação do sigilo bancário de Francenildo Costa, o corajoso caseiro Nildo, que ousou denunciar os bisonhos encontros que aconteciam em uma mansão de Brasília, com a participação do então ministro da Fazenda. Como era de se esperar, a corda estourou do lado mais fraco e Palocci Filho não foi considerado culpado pelo Supremo Tribunal Federal, instância máxima da Justiça brasileira e que tem a grande maioria dos ministros nomeada por Luiz Inácio da Silva.

Da reunião ministerial também participaram a ministra Miriam Belchior, do Planejamento, e Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência. Nas gravações telefônicas feitas por autoridades policiais que investigavam o ainda misterioso caso da morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, Gilberto Carvalho – que se insiste em se apresentar como um servo do Senhor – enalteceu a atuação de Miriam Belchior no papel de viúva. À época dos fatos, segundo dizem, Miriam e Celso Daniel eram protagonistas de um relacionamento amoroso.

Do primeiro grande encontro palaciano participou também o ministro dos Esportes, Orlando Silva Júnior, que durante a era Lula utilizou um dos milhares cartões crédito corporativos esparramados pela Esplanada dos Ministérios para comprar uma tapioca de R$ 8 e pagar a cota de um hotel de luxo no Rio de Janeiro, onde se hospedou com a mulher, o filho e uma babá. Resumindo, não é difícil imaginar o quanto foi proveitosa a reunião da presidente Dilma Rousseff com o primeiro escalão do governo.