Estudo da CNM concluiu o que todos desconfiavam: falta investimento em defesa civil

Erro geral – Os governos estaduais aplicaram mais recursos na prevenção de catástrofes no Brasil, se comparado com os orçamentos. Esta é uma das conclusões do estudo revelado na tarde desta quarta-feira (19) pela Confederação Nacional dos Municípios. Todavia, foi muito pouco o dinheiro aplicado pelos municípios, estados e a União diante de tantos problemas. Nos últimos oito anos, mais de 3.500 Municípios enfrentaram problemas relacionados à chuva, à seca ou a outros fenômenos.

“Os dados apontam que os gastos em ações de defesa civil, em relação em relação ao total das despesas, são pequenos nos três entes federados”, observa o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Em 2009, os Estados aplicaram, em média, 0,25% do total geral de despesas. Entre os 27 entes federados, o Piauí foi o que proporcionalmente mais investiu (2,76%). Em 2008, o Acre liderou o ranking com 2,31%. Em 2007, Pernambuco liderou com 0,69%. Uma curiosidade: o Rio Grande do Sul, em 2008 e 2009, não possui registros de gastos com Defesa Civil em seu balanço orçamentário.

O levantamento da Confederação conclui que os municípios e a União investem, respectivamente, 0,20% e 0,12%. No geral, aproximadamente 10% dos municípios brasileiros têm gastos com Defesa Civil. Em 2009, 588 Municípios aplicaram valores neste setor. A CNM agrupou os dados municipais por Estado para facilitar a visualização. Dos R$ 420,5 milhões investidos em 2009, por exemplo, os municípios paulistas foram os que mais gastaram com Defesa Civil, aproximadamente R$ 131,3 milhões, o equivalente a 31,23%. Os Municípios de Santa Catarina ficaram em segundo lugar com R$ 102,2 milhões, 24,31%. Já os gaúchos somaram R$ 17,9 milhões. (Foto: Marlene Bergamo – Folhapress)

Clique e confira na íntegra o levantamento da CNM