O marketing de “Bruna Surfistinha”

(*) Carlos Iberê, do CineLux

Façam suas apostas. Nunca antes na história de um filme nacional houve tamanho marketing casado para um lançamento. Às coincidências: Deborah Secco, que hoje adentra salas mais escurinhas, está também na novela das nove, em crescente exposição da sua personagem.E põe exposição nisso.

Nos últimos capítulos, tem desfilado com alguma coisa que de longe lembra um vestido. Hoje, além de 450 cinemas brasileiros como “Bruna Surfistinha”, la Secco, na carne de Natalie Lamour, cai no conto do banqueiro Horácio Cortez, papel de Herson Capri, na novela “Insensato Coração”, e pimba, segundo a Globo.com.

Mais uma casadinha: no folhetim das nove -depois de mais de um mês de BBB-, Lamour é uma ex-terceira colocada de um reality show que já perdeu os 15 minutos de fama e busca desesperadamente um homem rico.“Não quero joia de designer, quero pedra valiosa” é a sua máxima. Nem Sza Saza Gabor se adaptaria melhor aos novos tempos.

Somando tudo isso a história real de uma garota de programa que glomourizou o sexo pago, o que por si só já teria apelo de bilheteria suficiente, é possível entender a aposta dos produtores de “Bruna Surfistinha” e acreditar que a película será um novo recorde nacional, batendo “Tropa de Elite 2”. Eu não duvido de tantas coincidências.