Falta de planejamento do governo federal continuará matando brasileiros nas rodovias

Usina de mortes – Planejamento é algo que passa ao largo da realidade brasileira. E maneira desordenada e populista com que o governo federal cumpre o seu papel ganhou força na era do messiânico e irresponsável Luiz Inácio da Silva. Quando o então presidente Lula anunciou benesses tributárias para a indústria automobilística, com forma de incentivar o consumo interno e evitar as reticências maléficas da crise financeira internacional, os jornalistas do ucho.info alertaram para uma série de assuntos importantes que foram deixado de lado.

A primeira de nossas preocupações estava no derrame de carros novos nas principais cidades brasileiras, sempre reféns de trânsito infernal, sem que um centavo de Real tenha sido destinado para a melhoria do setor viário e do transporte público nas grandes metrópoles. O resultado foi o aumento dos índices de congestionamento em muitas das já congestionadas cidades.

Na ocasião do anúncio da redução de impostos para o setor automotivo, o ucho.info chamou a atenção dos leitores para o aumento do número de acidentes nas estradas e nas regiões urbanas. Diferentemente do que ocorreu durante o Carnaval de 2010, quando as estradas federais registraram 143 mortes provocadas por acidentes automobilísticos, o período momesco do corrente ano foi marcado por 4.165 acidentes, 2.441 feridos e 213 mortes. Em relação a 2010, o número de mortes apresentou um crescimento de 48%.

Tal levantamento, disponibilizado nesta quinta-feira (10) pela Polícia Rodoviária Federal, mostra que as autoridades não se preocupam com as condições das estradas, ao mesmo tempo em que os investimentos na PRF estão muito aquém do necessário. Fora isso, o aumento do contingente de motoristas de primeira viagem, decorrente da corrida às concessionárias, ajudou a elevar as estatísticas. Outro ingrediente desse trágico cenário nas rodovias federais no feriado prolongado de Carnaval, o mais violento desde 2003, é a sensação de impunidade que grassa no País e que ganhou combustível extra com a passagem de Lula da Silva pelo Palácio do Planalto.

Mas não foi apenas nas rodovias federais que o número de acidentes impressionou. Nas estradas paulistas, entre o final da tarde de sexta-feira (4) e o meio-dia da quarta-feira de Cinzas (9), a Polícia Rodoviária Estadual registrou 1.553 acidentes, contra 1.315 em 2010. Nos cinco dias dedicados ao Rei Momo, 24 pessoas morreram nas rodovias do mais importante estado brasileiro, vítimas de acidentes.

Enquanto o Estado brasileiro não adotar leis orgânicas que regulamentem os setores mais importantes da nação, impedindo a politicagem onde é preciso ação continuada, o País continuará chorando a morte de seus conterrâneos no acostamento.