Gasolina e álcool puxam a inflação de março e devem acelerar índice de abril

Aluguel e metrô – Os preços de álcool e gasolina estão entre os itens que mais pesaram na inflação registrada pelo Indice de Preços ao Consumidor de São Paulo (IPC-SP), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em março, que acelerou para 0,35%. Juntos os combustíveis tiveram uma contribuição de 31% no índice este mês e podem continuar a pressionar a inflação em abril, que deve chegar a 0,38%.

A repórter Danielle Fonseca da “Agência Leia” esclarece que entre outros itens que puxaram a inflação ficaram os preços de aluguéis, responsáveis por 12%, seguido do tomate, cuja alta contribuiu com 12% da inflação. Já o reajuste do metrô teve peso de 6%, seguido dos contratos de assistência médica, também com 6%. Os demais produtos do IPC ficaram com os
37% restantes.

Segundo o professor Antonio Evaldo Comune, coordenador do IPC da FIPE, o preço do álcool subiu 11,69% em março, já a gasolina teve inflação de 1,95% no mês passado. O aumento do preço do álcool também fez com que ficasse mais rentável abastecer com gasolina do que com etanol este mês, sendo que a relação entre o preço médio dos dois combustíveis chegou a 78,10% em março, a maior variação já registrada desde o início da série histórica da FIPE, iniciada em janeiro de 2003. Quando a relação fica acima de 70% é mais vantajoso colocar gasolina.

Porém, em abril, apesar dos preços dos combustíveis continuarem pressionados, o professor acredita que a variação pode cair e o álcool voltar a ser mais vantajoso, o que geralmente ocorre neste período do ano.