Médicos parados – Os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), em greve há a mais de 30 dias, rasparam na manhã desta sexta-feira (6) as barbas em ironia à ação do governador Jaques Wagner (PT) que, no próximo domingo (8), se despedirá da sua por R$ 500 mil.
O protesto, no cruzamento das Avenidas Getúlio Vargas e Senhor dos Passos, no centro da cidade, criticava o corte dos salários dos docentes referentes ao mês de abril. “Não é à toa que o governador Jaques Wagner tornou-se garoto propaganda de uma linha de barbeadores e ganhou R$ 500 mil para se livrar de uma barba que mantém há 34 anos. Afinal, o verbo cortar tem sido conjugado intensamente por este governo”, diz um panfleto distribuído pelos manifestantes, segundo o site “Dia Feira de Santana”.
Os grevistas lançaram mão até de frase de efeito utilizada pela oposição a Wagner: “Quem não gostaria de morar na propaganda do governo da Bahia?”
A maior queixa dos professores na greve é a inserção no acordo coletivo de uma cláusula em que os professores iriam se comprometer a não reivindicar aumento salarial até 2015. Diante da proposta, incluída de última hora sem discussão prévia, os professores se recusaram a assinar o acordo que vinha sendo negociado desde o ano anterior.
Enquanto isso, continua a greve dos médicos e profissionais de saúde iniciada no último dia 3. As duas categorias se negam a conversar com o secretário Jorge Solla, mas um grupo de deputados estaduais, segundo publicou o “Bahia Notícias”, tem a expectativa de que um encontro coloque um ponto final na paralisação.
