Reproduções de quarenta grandes obras ganham espaço na exposição “A Natureza das Pessoas”

Portinari e outros – O projeto cultural Museu Itinerante Rabobank traz à Brasília, de 1º de junho a 15 de julho, no Espaço Cultural Renato Russo – 508 Sul, a exposição “A Natureza das Pessoas”, que apresenta 40 reproduções de grandes obras de arte selecionadas cuidadosamente pela curadora Katia Canton.

Os trabalhos são uma coletânea de pinturas, fotos e documentação de instalações espalhadas por grandes museus do mundo e mostram a visão de artistas nacionais e internacionais sobre a relação entre ser humano e natureza. Entre os artistas brasileiros que participam da exposição estão Cândido Portinari, Lasar Segall, Manuel de Araújo, Araquém Alcântara,Tarsila do Amaral e Leda Catunda; entre os estrangeiros, estão Vincent van Gogh, Edward Munch, Claude Monet e Paul Cézanne. Brasília será representada por duas artistas locais: Naura Timm e Cathleen Sidki.

“’A Natureza das Pessoas” é uma exposição que demonstra como os artistas sempre refletiram sobre o meio ambiente,” diz Katia, que tem diversos livros editados e é Docente e curadora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e Livre-Docente em Teoria e Crítica de Arte pela Escola de Comunicação e Artes da USP.

Ela acrescenta: “Nos quatro núcleos, quatro reflexões diferentes. Na primeira, a visão da natureza como uma paisagem, sem a presença humana. Na segunda, seres humanos se articulam com a natureza, retirando dela lazer e alimento. Na terceira, os artistas lançam seus olhares singulares para recriar a natureza e, no quarto, revelam os perigos de um mundo em que a natureza é constantemente desrespeitada. Com a arte, podemos mostrar essas visões e provocar uma reflexão sobre nossas próprias responsabilidades perante a preservação da vida.”

O projeto conta também com um programa de arte-educação voltado a estudantes de escolas da rede pública, que envolve um workshop para professores e distribuição de livros de estudos sobre o tema da exposição e as obras que a compõem. Mediadores treinados especialmente para esta exposição estão prontos para receber os visitantes e especial atenção é dada a grupos escolares previamente agendados junto à secretaria de educação. Esses colaboradores do projeto são selecionados dentro da comunidade, treinados pela curadora e devidamente remunerados.

“Democratizar o acesso à cultura é pensar na grande maioria da população brasileira que está à margem do conhecimento e da informação, tão restritos aos grandes centros. Para conseguirmos realizar o sonho da arte para todos, precisamos contar com patrocinadores e parceiros que nos permitam realizar projetos tão plenos e com tantas variáveis”, explica Soraya Galgane, diretora da Elo3, realizadora do projeto, que completa: “Exibir reproduções de obras de arte é uma tendência da globalização. Uma oportunidade para que as pessoas conheçam a arte, ampliem seus conhecimentos, seus valores e sua curiosidade pelo mundo”.

“Por ter raízes no agronegócio, o Rabobank sempre teve um forte compromisso com a área socioambiental. Por isso, além de desenvolvemos ações para ajudar nossos clientes a manter os seus negócios sustentáveis, ampliamos também as nossas iniciativas para as comunidades em que atuamos”, disse Daniela Mariuzzo, gerente de Responsabilidade Socioambiental do Rabobank. “Com o Museu Itinerante Rabobank, acreditamos que podemos trazer, por meio da arte, maior consciência sobre o meio ambiente para as pessoas que vivem nessas localidades”, ela completa.

O Museu Itinerante Rabobank é viabilizado com recursos privados obtidos através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Além disso, para a realização deste projeto, foi firmada uma parceria com o Governo do Distrito Federal – GDF, através das Secretarias de Educação – Programa Mais Educação e de Cultura e conta com apoio do Jornal Correio Brasiliense.

O Museu Itinerante Rabobank 2011, estreou em Cuiabá MT, passou por Chapadão do Sul RS, chega a Brasília e seguirá depois para Ribeirão Preto, e São Paulo. As informações são do “MaisBrasília”. (Imagem: detalhe de obra de Cândido Portinari)