Pobreza mostra que Lula abusou da pirotecnia e fez do “Bolsa Família” uma ferramenta eleitoral

Conversa mole – Durante os oito anos em que esteve no Palácio do Planalto, o então presidente Luiz Inácio da Silva flanou no vento mentiroso produzido pelo slogan oficial do governo federal, “Brasil, um país de todos”. Para quem conhece minimamente a língua da nossa pátria amada – não é o caso de Lula da Silva – sabe que um país só poderá ser considerado de todos quando as desigualdades e mazelas, muitas delas provocadas pela corrupção, forem ingredientes do passado. Mesmo diante das inocuidades de um governo que se alimentou no cocho da mitomania, Lula continua dando palpites no cotidiano político do País como se fosse a reinvenção tropical de Messias.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, há no Brasil um assustador conjunto de miseráveis. O mais novo estudo do órgão aponta a existência de 10,5 milhões de brasileiros que vivem com renda mensal de R$ 39. Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, os dados do IBGE serviram de base para a elaboração do programa “Brasil sem Miséria”, lançado recentemente pela presidente Dilma Vana Rousseff.

Ainda com base na pesquisa do IBGE, 8,5% da população brasileira (16,2 milhões) sobrevivem com renda familiar mensal entre R$ 1 e R$ 70 por mês. Para mostrar que o discurso palaciano do PT é bem diferente daquele dos tempos de oposição, oficialmente o governo federal considera em situação miserável pessoas que sobrevivem com rendimento abaixo de R$ 70 mensais. Segundo estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cujo nome explica sua ligação aos movimentos sindicais, o salário mínimo ideal, em maio passado, foi estimado em R$ 2.293,31.

Entre as unidades da federação, o Maranhão é o estado que lidera o ranking da miserabilidade no País, com 25,7% da população vivendo em situação miséria. Ou seja, o estado em que o clã Sarney reina de forma absolutista há cinqüenta anos, sustentado por discursos ufanistas e mentirosos, um em cada quatro maranhenses vive em situação degradante, ou seja, com menos de R$ 70 mensais. Por outro lado, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) destaca em sua página eletrônica que no Maranhão, entre 2004 e 2009, o índice de pobreza apresentou redução de 47%. Mesmo assim, o índice de pobreza no Maranhão é o maior da federação, 13%, enquanto a média nacional é de 5%. Em São Paulo, mais rico e importante estado brasileiro, 2,6% da população vivem em situação de miséria.

“A pobreza extrema vem caindo com rapidez no Nordeste. A região é responsável por 58% da queda registrada nacionalmente. 12% dos brasileiros que superaram a linha da pobreza extrema vivem no Maranhão. 63% dos maranhenses mais pobres moram na zona rural de pequenos municípios e 78% não têm acesso ao saneamento básico”, lembra o Ipea em seu sítio eletrônico.

O mais estranho nesse cenário de penúria é que nenhum petista ousou até agora falar sobre o amaldiçoado espólio deixado por Lula da Silva e muito menos sobre a lufada de mentiras que marcou o período mais corrupto da história política nacional.