Convite de Dilma para o ditador Hugo Chávez se tratar no Brasil não esclarece quem pagará a conta

Mão no bolso – Em meados de 2006, quando se preparava para a campanha pela reeleição, Luiz Inácio da Silva disse, sem medo de errar, que a saúde pública no Brasil estava a um passo da perfeição. Uma sonora e monumental inverdade, que o próprio Lula, meses mais tarde, foi obrigado a reconhecer. Na ocasião, o então presidente disse que se tratou de uma inverdade, algo típico em período eleitoral, pois até hoje brasileiros morrem nas filas dos hospitais à espera de atendimento. Sem contar que quando atendidos o serviço médico-hospitalar é da pior qualidade.

Para mostrar ao mundo que abusou da mitomania em 2006, Lula sugeriu ao presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que se submetesse a um tratamento contra câncer linfático no Hospital Sírio-Libanês, um dos melhores do país e do planeta. Ou seja, se a saúde pública brasileira fosse a maravilha anunciada por Lula da Silva, o paraguaio Lugo não teria escolhido um hospital privado.

Agora, com o tiranete Hugo Chávez sofrendo de câncer, a presidente Dilma Rousseff não apenas repetiu seu antecessor, como foi além. Consternada com a situação da saúde do ditador venezuelano, Dilma convidou-o (e ele aceitou) a fazer um tratamento no Brasil. E novamente o Hospital Sírio-Libanês, onde Dilma se tratou, foi o destino recomendado.

Ora, o citado hospital está de portas abertas e atende todos aqueles que têm planos de saúde conveniados ou dinheiro no bolso. Em outras palavras, Chávez não precisa de convite para se tratar no Sírio-Libanês. No máximo ele pode carecer de uma recomendação, o que sempre ajuda. Por conta da situação mal explicada que ficou com o tal convite, Dilma Rousseff precisa esclarecer quem pagará a conta do tratamento do fanfarrão Hugo Chávez. Tomara que a conta não termine no bolso dos contribuintes brasileiros.