FGV aponta alta da inflação em quatro capitais, mas a maior elevação aconteceu em Belo Horizonte

Clima econômico – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) aumentou em quatro das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo dados divulgados hoje (17), a maior elevação na taxa foi observada em Belo Horizonte. Na capital mineira, o IPC-S inverteu a queda de 0,10% registrada na semana de 7 de agosto e apresentou alta de 0,22% neste levantamento, de 15 de agosto.

As outras capitais que tiveram acréscimos nas taxas foram Recife (de –0,11% para 0,00%); o Rio de Janeiro (de –0,02% para 0,27%) e São Paulo (de –0,04% para 0,11%). Em Porto Alegre, o IPC-S ficou estável (0,24%).

Já em Salvador, o índice diminuiu de 0,18% para 0,15% e em Brasília, de 0,16% para 0,11%.
O IPC-S de 15 de agosto ficou em 0,17%. O resultado superou em 0,18 ponto percentual a taxa divulgada na apuração anterior. Três das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, principalmente os alimentos (de -0,48% para 0,14%).

Já o O Índice de Clima Econômico (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve a quarta queda consecutiva, ao registrar uma leve redução, de 0,1 ponto, entre abril e julho deste ano. O índice caiu de 5,9 para 5,8 pontos no período.

O resultado se deve à queda do Índice da Situação Atual, que passou de 7,2 para 6,8 pontos no período. Já o Índice de Expectativas, que trata das perspectivas sobre a economia do país para os próximos seis meses, teve um pequeno aumento de 4,6 para 4,7.

Com os resultados, o Brasil se mantém na chamada “fase de piora econômica”, que ocorre quando o Índice da Situação Atual é superior a 5 pontos e o Índice de Expectativas, inferior a 5 pontos.

As outras fases identificadas pela pesquisa são a de “boom”, quando os dois índices estão acima de 5, a de “recessão”, quando ambos estão abaixo, e a de “recuperação”, quando o Índice de Expectativas está acima de 5 e o da Situação Atual, abaixo.

O índice brasileiro de julho ficou acima da média da América Latina (5,6 pontos) e do mundo (5,4 pontos). Entre os 11 países latino-americanos pesquisados, o Brasil ficou em sétimo lugar, atrás do Uruguai (7,5), da Colômbia (7,4), Chile (7,2), do Paraguai (6,7), do Peru (6,1) e da Argentina (5,9), mas à frente do Equador (5,6), do México (5,2), da Bolívia (4,6) e da Venezuela (4,0).

Entre os principais países emergentes, o Brasil ficou atrás da Índia, que teve 5,9 pontos, e à frente da Rússia (5,6) e da China (4,5). Outros índices de julho foram: Alemanha (6,7), França (5,9), União Europeia (5,3), Japão (5,1), Estados Unidos (4,7) e Reino Unido (4,2). O índice varia entre 1,0 e 9,0 pontos e é medido em parceria com o instituto alemão Ifo.