Vida longa aos festivais de cinema cada vez mais criativos que superam público e expectativas

(*) Carlo Iberê, do CineLux

Parece inesgotável a capacidade criativa para novos temas de Festivais. O mais recente e alternativo noticiado aconteceu este mês na cidade de Pirenópolis, Goiás, pertinho de Brasília.

Foi o 2º Slow Filme – Festival Internacional de Cinema e Alimentação Slow Food. Os organizadores garantem que o evento superou “expectativas de critica e de público”. Tanto que foram obrigados a abrir sessões extras, usando o Teatro de Pirenópolis, para não deixar a turma sem assistir aos 18 longas e curtas exibidos.

Nas sessões oficiais, no Cine Pirineus, passaram aproximadamente 4 mil pessoas, da região e de outros Estados. Além dos filmes, o Festival, para justificar o nome, ofereceu, para degustação, cervejas artesanais e queijos de produtores de Minas Gerais, palestras e passeios.

“Slow Filme quer ser uma brecha no ritmo frenético da vida contemporânea e convidar o espectador a fazer uma conexão entre o paladar, a tela e o planeta” explicam os promotores.

Houve, também, a pré-estreia do documentário “O mineiro e o queijo”, do cineasta mineiro Helvécio Ratton.

Ratton conta a história dos famosos queijos mineiros, especialmente do produzido na Serra da Canastra, na região do Serro, envolvido em polêmica, pois, apesar de ser considerado patrimônio cultural brasileiro, está proibido de ser comercializado fora de Minas Gerais, por ser fabricado com leite cru.

O documentário, classificado pelo diretor como “político e poético”, tem boa polêmica.

Além do patrocínio da sempre presente Petrobras, e do apoio de diversas outras empresas do ramo, a Prefeitura e a Secretaria de Turismo, apostando na atração e divulgação turísticas, compareceram monetariamente.

O mote é criativo e casa com o perfil da cidade, caracterizada por um turismo rural, com restaurantes e pousadas ligados à cultura Slow Food. Vida longa para a iniciativa.