Com maioria no Congresso, a reeleita Cristina de Kirchner pode levar a Argentina à esquerda

Muita atenção – Quando partiu para a reeleição, a presidente da Argentina, Cristina de Kirchner, estava com a vitória praticamente assegurada, de acordo com os institutos de pesquisa locais. No domingo (23), logo após os argentinos decidirem que a viúva de Néstor Kirchner continuará como inquilina da Casa Rosada, sede do Executivo do vizinho país, a reeleita Cristina comemorou a vitória e o fato de ser a primeira mulher reeleita na terra do tango. “Sou uma mulher de 58 anos que milita desde muito jovem que cheguei a lugares que nunca pensei que chegaria na vida. Não apenas tive a honra de ser mulher presidente, como de ser a primeira mulher reeleita presidente. Não quero mais nada. Que mais posso querer”, declarou a presidente reeleita com 53,96% dos votos..

A reeleição é um alento político para a presidente argentina que nos últimos tempos enfrentou turbulências diversas, não sem antes ser alvo de críticas por conta da inflação, cujos dados reais têm sido sistematicamente manipulados pelas autoridades econômicas do país. Contudo, é preciso destacar que a vitória de Cristina de Kirchner, resultado de ampla aliança política, poderá pegar os argentinos de surpresa, que dias antes das eleições mostravam-se desinteressados com o futuro político da nação.

Ao também conquistar maioria na Câmara e no Senado, Cristina de Kirchner, que tem ao seu lado boa parte dos governos provinciais, poderá promover a reforma da Constituição, o que pode ser um perigo em termos de liberdade individual, uma vez que a presidente vem sofrendo a influência de alguns tiranetes esquerdistas da América Latina.