Rui Falcão divulga nota para esfriar crise no PT de Natal por conta de pré-candidatura à prefeitura

Morde e assopra – Em Belo Horizonte e Curitiba, o Partido dos Trabalhadores não deve ter candidato próprio à prefeitura. Sem nomes fortes, o PT deverá apoiar candidatos de outras legendas, como é o caso do ex-tucano de Gustavo Fruet, agora no PDT. Em Natal, a divisão do partido se assemelha à de Belo Horizonte, inclusive com a necessária manifestação do presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão.

Em nota divulgada há pouco, Rui Falcão coloca panos quentes na polêmica que surgiu na semana passada. A direção nacional do partido, segundo Falcão, estaria “afinada” com a candidatura própria em Natal. Desmente o deputado estadual Fernando Mineiro (PDT), segundo a qual espera o apoio do PT. Falcão faz questão de dizer que a afirmação “atribuída a mim de que o PT apoiaria candidaturas de outros partidos” não procede.

A polêmica foi alimentada também pela deputada federal Fátima Bezerra (PT-RN). No final de outubro, a parlamentar disse que o PT se uniria com partidos aliados. “Em Natal, temos a candidatura do deputado Fernando Mineiro. Esse é o ano dos partidos buscarem se fortalecer”. Fátima Bezerra estava empolgada com o rompimento do vice-governador Robinson faria (PSD) com a governadora Rosalba Ciralini (DEM). “O PSD, em nível nacional, fará parte do arco de alianças do governo. Queremos aqui no estado também compor com o partido, fortalecendo a oposição”, declarou.

Fernando Mineiro é um ex-peemedebista que se bandeou para o lado do PDT. A troca de legenda foi para garantir a sua pré-candidatura. O pedetista adiantou que articula a união do grupo de partidos opositores à prefeita Micarla de Sousa (PV) e à governadora Rosalba já no primeiro turno da disputa do próximo ano. O pré-candidato do PDT garantiu que priorizará a aliança com os partidos da base do governo federal.

Em meio à crise no PT, surgiu a notícia que de Fernando Mineiro estaria de retorno ao PMDB, convite que teria sido feito pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, e pelo seu primo, o líder da bancada peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves. Em entrevista publicada no domingo (6), o pré-candidato do PT tenta desmentir os boatos.

“Eu me recuso a ser oportunista, fisiológico e adesista. Em termos de estrutura para minha candidatura, seria melhor o PMDB. Mas acontece que eu simplesmente achei que isso seria um oportunismo e não fui. O que eu queria era uma aliança com o PMDB”, afirmou.

Segundo o jornal “Diário de Natal”, o pedetista adiantou que articula a união do grupo de partidos opositores à prefeita Micarla de Sousa (PV) e à governadora Rosalba Ciarlini (DEM) já no primeiro turno da disputa do próximo ano.