A voz rouca das ruas, louca, em estéreo

    (*) Marli Gonçalves –

    Entreouvido por aí. Auscultados os corações. Sintonizado nos dials da vida. É mesmo uma Torre de Babel, e pode ser verdade. Pode ser que não. Um diz-que-disse; o outro disse que não foi bem assim. E a gente fica atordoado no meio da confusão.

    “Lula não pode falar, beber, fumar, não sente o gosto, o paladar das coisas. Tem tido alguns revertérios. A Marisa não sai do lado dele. Mas está ótimo. Firme e guerreiro”.

    “Esses estudantes estão pensando o quê? Que a vida é ficar por aí fazendo baderna e fumando maconha? Pau neles. Acho até que foi pouco, mas isso vai ficar assim porque esses frouxos ainda têm medo desses barbudinhos metidos a intelectuais, e que deviam é ir tomar banho e trocar o chinelo de dedo”.

    “Meus amigos e minhas amigas … O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que encarou o desafio de oferecer atendimento de saúde para todos”.

    “Hã, hã, quer dizer que agora os médicos vão atender em casa? Qual é o número que devo ligar para agendar?”

    “Ainda bem que a polícia prendeu foi o Nem. Se fosse o Enem teria vazado antes”.

    “Já viram como vai ser a disputa pela prefeitura de São Paulo? Na frente do espelho. O Haddad arrumando o cabelo; o Chalita segurando o colarzinho de pérolas; o Netinho fazendo beicinho; Russomano perguntando se está tudo bom para ambas as partes, incluindo a dele. O que a gente fez para merecer isso?”

    “Já ouvi algumas pessoas dizerem que é como enxugar gelo”.

    “Eu não corromponho , nem corromporei ninguém”.

    “Alguém pode me dizer quem é que é o prefeito de Campinas hoje?”.

    “Por que esses ministros da Corte enrolam tanto para dar votos que nem eles mesmo conhecem?”.

    “Algo me diz que tem ficha limpa demais para ser político”.

    “Se ela lembra tão bem do pé, imagina do resto!”

    “Por que eu sempre acho que tem algo de muito errado quando me oferecem alguma coisa? Desconfio que estou mesmo é ficando paranóico. Os bancos e as operadoras só querem o meu bem”.

    “A Mãe Dinah não veio. Houve um imprevisto”.

    “A Europa está caindo, em crise. O Oriente está trêmulo. A América, perdida. Não é melhor começar a construir a Arca?”

    “Ela só pode ter sido testemunha ocular do crime”.

    “Não falei que ia fornicar ele. Eu disse funicar”.

    “Eu funico, tu funicas, ele funica, nós funicamos, vós funicais, eles funicam”.

    “Quem é a próxima vítima?”

    “São Paulo, só não rio porque dói, 2011”

    (*) Marli Gonçalves é jornalista. Está pensando em comprar fones de ouvido.

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