Bolsonaro conversa com ucho.info e esclarece as questões sobre o kit-gay e as críticas a Dilma

Pingos nos is – A polêmica do chamado “kit gay” continua rendendo capítulos intermináveis. Tudo porque o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que acusa o Ministério da Educação de distribuir às escolas públicas do ensino fundamental uma cartilha com trechos dedicados ao homossexualismo, é um ferrenho crítico da causa.

Quando o assunto vem à baila, muitos se dividem em opiniões, mas é importante esclarecer que não ser defensor do homossexualismo não significa ser homofóbico. É verdade que Bolsonaro se envolveu em entreveros sobre o tema, mas não se deve radicalizar as opiniões sobre o assunto, independentemente de qual seja a linha de pensamento.

Há dias, Jair Bolsonaro disse, da tribuna da Câmara dos Deputados, que a presidente Dilma Rousseff deveria logo “assumir” se o seu negócio é “amor com homossexual”. Em rápida entrevista concedida ao ucho.info, por telefone, o deputado fluminense alegou que suas palavras foram mal interpretadas e distorcidas por parte da imprensa. Bolsonaro esclareceu que seu objetivo, na ocasião, era mostra que se a presidente Dilma Rousseff tem amor pela causa homossexual, que assuma de uma vez. “A Dilma pode ter amor ao Corinthians, ao Flamengo, ao Piauí, mas deve assumir” declarou o deputado.

Orientação sexual pode ser conceitualmente comparada a uma decisão judicial, pois ambas devem ser respeitadas, mas jamais induzidas. O que o governo federal tenta, através do Ministério da Educação, que distribui nas escolas públicas material didático com conteúdo voltado ao homossexualismo, é interferir no poder de decisão do cidadão. “Vão botar no livro dois barbudos e um menininho, duas lésbicas e uma menininha”, disse Jair Bolsonaro ao ucho.info.

A iniciativa do governo, que tem caráter populista e eleitoreiro, cria núcleos de exceção na sociedade, não sem antes acirrar discussões que deveriam simplesmente inexistir, pois cada um deve decidir aquilo que lhe convém, independentemente do segmento da vida que está envolvido.

A ingerência oficial na discussão sobre o homossexualismo obriga o governo federal a dar guarida aos discursos ufanistas sobre o tema, que nada contribuem aos que agora estão no olho do furacão e tentam impor algo que deveria ser aceito de forma natural. Muitos dos que ora defendem os homossexuais o fazem com interesses terceiros, sendo que os defendidos um dia, mais adiante, perceberão a nocividade dessa mão estendida.

Para dar sequência ao projeto, a Secretaria de Direitos Humanos, sob o comando da petista gaúcha Maria do Rosário, tem criado nichos oficiais destinados aos homossexuais. De acordo com o deputado Jair Bolsonaro, até mesmo um programa para homossexuais sem-terra foi criado pelo governo.

Esse conjunto de ações repete o mesmo conceito discriminador das cotas destinadas aos negros nas universidades, que mostrou ao mundo a inoperância do Estado brasileiro diante da obrigação constitucional de garantir igualdade de direitos aos cidadãos, não importando quesitos como raça, credo, condição social e intelectual, entre outros.

A reportagem do ucho.info conversou com alguns homossexuais que, sob a condição de anonimato, disseram que a discussão atual em nada contribui para o esclarecimento do tema, assim como a radicalização por parte do governo só prejudica os que optaram pelo homossexualismo. Eles querem ser aceitos pela sociedade sem ressalvas, mas a pressão exercida por organismos oficiais os coloca em situação de constrangimento.

O governo federal, que tanto peca nas questões do ensino, deveria se preocupar, antes de tudo, com a qualidade da educação no Brasil, pois o País está se transformando em um celeiro de alienados, situação que contempla os ideais totalitários da esquerda radical. Não importa a orientação sexual do cidadão, desde que a escolha ocorra por livre e espontânea vontade, não pela indução oficial, como quer a ministra Maria do Rosário e um grupo mais exaltado do universo GLBT.

Como sempre acontece na política, a incoerência é alimentada pelo oportunismo de muitos espertalhões. A senadora Marta Suplicy, que diante de câmeras e microfones defende com fervor a causa dos homossexuais, quer a cassação do mandato do deputado federal Jair Bolsonaro. Marta, que se irritou com a ofensa à presidente Dilma Rousseff e fala em quebra de decoro parlamentar, colocou em xeque a masculinidade de Gilberto Kassab durante a campanha à prefeitura de São Paulo, em 2008. Disse a senadora petista que Kassab era solteiro e sem filhos.