PT avança em São Paulo e obriga os tucanos a anteciparem a escolha de um candidato para 2014

Antes da hora – Nos últimos tempos, a eleição presidencial no Brasil dependeu, direta ou indiretamente, de São Paulo, a mais rica e importante unidade da federação. Esse detalhe importante, que saltou aos olhos petistas com antecedência, tem feito o PSDB a admitir a ideia de que é preciso escolher, o quanto antes, um tucano de fina plumagem para disputar, em 2014, o direito de se instalar no Palácio do Planalto.

Deixando muito a desejar como partido de oposição, o PSDB vive um eterno racha interno, o que dificulta qualquer escolha partidária. A situação fica ainda pior quando entra em cena o ranço situacionista que o tucanato carrega desde os tempos de Fernando Henrique Cardoso.

Há no PSDB três potenciais presidenciáveis: o senador mineiro Aécio Neves, o governador paulista Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra. Responsável pela aproximação entre o PSDB e o PT, Aécio Neves está em momento de reclusão, pois as torrenciais chuvas que atingem Minas Gerais têm feito vítimas em todo o estado. E não custa lembrar que Aécio ficou no Palácio da Liberdade, sede do Executivo mineiro, durante oito anos, além de ter feito o sucessor, Antonio Anastasia.

Já o governador Geraldo Alckmin, que tem disparado salamaleques na direção da presidente Dilma Vana Rousseff, depende de verbas do governo federal para concluir obras importantes, as quais lhe darão visibilidade política suficiente para sair como um presidenciável empreendedor. Ou seja, Alckmin deve empurrar ao máximo a escolha do candidato do PSDB para 2014.

Ex-prefeito da capital paulista e ex-governador, José Serra carrega no currículo duas disputas presidenciais mal sucedidas. Perdeu para Luiz Inácio da Silva, em 2002, e para Dilma Rousseff, em 2010. Serra pode turbinar o cacife eleitoral para 2014 se disputar e vencer a eleição para a prefeitura de São Paulo, algo que ainda está na seara do impasse, uma vez que os tucanos têm pré-candidatos ao trono paulistano em número proporcional à visão obtusa do partido diante das evidências.

Enquanto o PSDB bate cabeça em inúmeras questões, o PT avança no estado de São Paulo de maneira contínua e acintosa.