Dilma, que deveria punir Mantega por causa do escândalo na Casa da Moeda, blindou o ministro

onversa amistosa – Em um país minimamente sério, o que não é o caso do Brasil, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, já estaria demitido por causa do escândalo envolvendo o ex-presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, acusado de cobrar propinas de fornecedores e de enviar ilegalmente ao exterior US$ 25 milhões.

Chefe de Denucci, o ministro foi informado com muita antecedência sobre as irregularidades que tinham a Casa da Moeda como cenário, mas não tomou providência alguma. A demissão de Denucci só ocorreu recentemente por causa de reportagem sobre o escândalo.

A leniência de Guido Mantega, para não afirmar que se trata de prevaricação, preocupou os frequentadores do Palácio do Planalto em um primeiro momento, mas agora o assunto parece ter sido digerido pelos palacianos.

No meio da tarde de terça-feira (7), a assessoria de Mantega informou à imprensa uma mudança na agenda ministerial. Na mensagem enviada aos veículos de comunicação constava uma reunião, fora da pauta, de Guido Mantega com a presidente Dilma Rousseff.

A expectativa era que Mantega seria submetido a uma carraspana presidencial, algo nada diplomático quando considerado o jeito nada suave de ser da presidente da República. Contudo, errou quem apostou que algo semelhante a uma bronca pudesse acontecer. Mantega foi chamado em palácio para receber informações sobre a blindagem montada pelo Planalto no Congresso para protegê-lo durante eventual depoimento sobre o escândalo da Casa da Moeda.

Quando assumiu o governo federal, Dilma fez várias promessas, dentre elas a de ser implacável coma corrupção. Ao que parece, Dilma está com um sério problema de memória ou, então, herdou do seu antecessor, o messiânico Lula, algumas pílulas de mitomania.