Eduardo Paes disse ter dado “chinelada na paulistada”, mas taxista do Rio agride gays

Recepção esquisita – Quando a FIFA escolheu a cidade do Rio de Janeiro como sede provisória durante a Copa do Mundo de 2014, o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, abusou da galhofa e disparou: “Chinelada na paulistada. É humilhante… Mostro a vista e mostro um negócio desses. Vai levar o que pra São Paulo?”. Tudo porque a cidade de São Paulo também estava na disputa. Longe da rivalidade que marca a troca de farpas entre cariocas e paulistanos, Eduardo Paes até hoje desconhece a dimensão do favor que fez à maior cidade brasileira.

Desde a decisão da FIFA, em 10 de setembro de 2010, até hoje, a cidade do Rio de Janeiro foi palco de tragédias e fatos contundentes que colocam por terra as declarações do alcaide da Cidade Maravilhosa. O mais recente episódio ocorreu na tarde desta segunda-feira (13), no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o velho Galeão.

Ao desembarcar no aeroporto localizado na Ilha do Governador, um casal de homossexuais, que se recusou a embarcar em táxi clandestino, foi agredido pelo motorista. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o casal foi abordado na saída do aeroporto e diante da recusa foram ofendidos, a começar pela orientação sexual. O casal e o motorista se envolveram em luta corporal, com direito a troca de socos, até quem outro taxista começou a chutar o rosto do rapaz que tentava acabar com a briga

O delegado Ricardo Codeceira, da Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio (Dairj), que investiga o caso, informou que o taxista que iniciou o ataque fugiu, mas o outro, que chutou um dos rapazes, foi preso e responderá por tentativa de homicídio. O motorista fugitivo está sendo caçado por policiais. Já o rapaz agredido no rosto foi encaminhado ao Hospital Santa Maria Madalena, na Ilha do Governador.

É importante ressaltar que o controle dos táxis que circulam na cidade do Rio de Janeiro é assunto da competência do prefeito Eduardo Paes, que disse ter dado “uma chinelada na paulistada”, mas dá aos turistas boas-vindas de fazer inveja aos bárbaros. Enfim, o Rio merece um administrador melhor e menos fanfarrão.