Ministra que defende o aborto complica a vida de Fernando Haddad e facilita a de Chalita em SP

Pedra no caminho – As eleições municipais que se avizinham por certo terão a disputa pela prefeitura paulistana como ponto alto. Tudo porque o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que está fora da vitrine política por problemas de saúde, precisa voltar à cena o quanto antes, caso queira manter em voga o seu sonho de retornar ao Palácio do Planalto.

Lula, que aposta suas fichas na candidatura do desconhecido e pouco eficiente Fernando Haddad, pode enfrentar problemas decorrentes de alguns atos da sua sucessora, a presidente Dilma Vana Rousseff. Durante a campanha presidencial, em 2010, Dilma defendeu a tese de que o aborto deve ser tratado como questão de saúde pública, o que deixou o eleitorado mais conservador em polvorosa. Para minimizar o estrago de então, o núcleo da campanha petista acionou o peemedebista Gabriel Chalita, católico fervoroso e com livre trânsito nos domínios da fé.

Candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo, Chalita com certeza arrebatará os votos desse extenso reduto de eleitores contrários à legalização do aborto. Se Chalita tinha alguma expectativa de chegar ao comando da maior cidade do País, suas chances aumentaram consideravelmente com a indicação de Eleonora Menicucci de Oliveira para a Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Ex-companheira de cela de Dilma Rousseff na “Torre das Donzelas”, espaço que o truculento DOI-Codi reservava às presas políticas durante a ditadura militar, Eleonora Menicucci é uma conhecida defensora do aborto. Em sua primeira declaração após ter o nome indicado para a Secretaria, a agora ministra comparou o aborto à dengue, o que irritou os representantes da fé, que já pedira a sua cabeça.

Com isso, a situação de Gabriel Chalita em sua corrida à prefeitura da capital paulista ganha um combustível extra, pois a disposição do PT para insistir na tese da legalização do aborto volta ao cenário em momento inadequado, pelo menos sob o prisma eleitoral.

Para piorar ainda mais a situação de Dilma e Eleonora, mas facilitando a vida de Chalita, uma entrevista concedida em 2004 pela ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres mostra o que teremos pela frente. Em arquivos da Universidade Federal de Santa Catarina, a entrevista mostra a tranquilidade com que Eleonora Menicucci fala sobre como aprendeu a prática do aborto. Em determinado trecho, Menicucci afirma sem titubear: “Estive também fazendo um treinamento de aborto na Colômbia. Era nas Clínicas de Aborto. A gente aprendia a fazer aborto”.

Clique e confira a íntegra da entrevista concedida por Eleonora Menicucci de Oliveira