Novos líderes do governo na Câmara e no Senado terão menos de 48 horas para provar talento e competência

Prova dos nove – Quando o assunto é Congresso Nacional, a labuta em termos práticos começa às terças-feiras, preferencialmente à tarde, pois por lá ninguém é de ferro. Considerando que estamos em plena terça, a expectativa dos brasileiros recai sobre a possibilidade de ao menos três importantes matérias serem votadas até a noite de quarta-feira (21): a Lei Geral da Copa, o Código Florestal Brasileiro e o projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar para os Servidores (Funpresp).

Enquanto os cidadãos de bem apostam no impossível, a tendência é que as esperadas votações não aconteçam nesta semana. A dificuldade está na rebelião que toma conta de boa parte da base aliada, cada vez mais insatisfeita com o governo da presidente Dilma Rousseff, que tenta mudar a fórceps sua relação com o Congresso Nacional. Não que a mudança seja desnecessária, pelo contrário, mas alterar as regras do jogo em pleno andamento da peleja é suicídio político.

No caso de ser confirmada a previsão de muitos especialistas – a não votação das matérias citadas – ficará provado que foram inócuas as mudanças promovidas pela presidente Dilma na liderança do governo no Senado Federal e na câmara dos Deputados, agora sob o comando de Eduardo Braga (PMDB-AM) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), respectivamente.

Esse eventual impasse reforça a tese defendida em primeira mão pelo ucho.info, de que o problema do Palácio do Planalto no relacionamento com os parlamentares está na fraca atuação de Ideli Salvatti, ministra da Secretaria de Relações Institucionais, e Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil. É importante lembrar que a demissão de Ideli tem sido cobrada por diversos integrantes da base aliada e não está descartada.