Depois de abandonar a indústria nacional, Dilma quer que empresas estrangeiras se instalem no Brasil

Tiro no pé – A viagem da presidente Dilma Vana Rousseff à Índia, onde participou de reunião dos Brics, grupo formado por países emergentes, produziu resultados modestos, para não afirmar que foram pífios. Sem um discurso inovador, mas repetindo a cantilena de que os países desenvolvidos erram ao tentar suas economias no momento de crise, Dilma anunciou o lançamento para breve de um pacote de incentivo para a indústria brasileira.

A ajuda do governo federal chega atrasada, pois o processo de desindustrialização que enfrenta o País está em estágio avançado. E não foi por falta de aviso que esse melancólico quadro tomou a cena verde-loura. Por diversas vezes, a partir de 2005, o ucho.info alertou para o perigo do encolhimento contínuo do setor industrial, cujo espaço foi lentamente ocupado pelos produtos importados.

Pontuais e inócuas, as medidas prometidas pelo Palácio do Planalto só terão algum eventual efeito dentro de seis meses ou mais, de acordo com os repetidos discursos do ministro Guido Mantega, da Fazenda, que para justificar a crise sempre alega que qualquer ação precisa de tempo para surtir efeito.

Enquanto nada acontece, Dilma que continua com um discurso repetitivo, pede aos quatro cantos que indústrias estrangeiras se instalem no País. Só mesmo um empresário irresponsável e aventureiro será capaz de abrir uma filial no Brasil, sabendo que a indústria nacional padece cada vez mais, sem que o governo se mexa para mudar o quadro atual.